Nas últimas décadas, China e Rússia têm trabalhado juntas para combater os Estados Unidos, proteger a Coreia do Norte e estreitar laços econômicos mútuos.
Vários veículos midiáticos da Rússiavêm expressando um crescente escrutínio das relações sino-russas.
“Novaya Gazeta”, jornal russo conhecido por sua cobertura investigativa crítica dos assuntos políticos e sociais russos, informou em 26 de outubro que “a China age como um amigo da Rússia, mas, na verdade, só considera seus próprios interesses”.
O periódico alertou que “à medida que o crescimento econômico da China desacelera, o país pode embarcar em uma política externa agressiva para desviar o descontentamento público e garantir sua legitimidade, por exemplo, ocupando a Sibéria e a região do Extremo Oriente”.
O “Nezavisimaya Gazeta”, outro jornal russo, citou a China como uma ameaça em um artigo de 29 de outubro sobre a iniciativa “Um Cinturão, Um Caminho” do regime chinês.
O projeto, anunciado pela primeira vez por Pequim em 2013, procura construir redes comerciais terrestres e marítimas centradas na China, através do financiamento de projetos de infraestrutura na Europa, Ásia, África e América Latina.
A China também está sendo cada vez mais questionada por suas ações predatórias contra a Rússia, como o roubo de tecnologia.
De acordo com o jornal online russo “Vzglyad”, o avião de passageiros CR929, uma empresa conjunta sino-russa apresentada em 7 de novembro no Zhuhai Airshow, no sul da China, foi objeto de queixas de plágio por parte da empresa russa de design OKB Atom.